Compaixão e Prosperidade, entendendo o momento.
“Compreenda com compaixão ou não entenderá os tempos”
Um amigo veio desabafar-se comigo dizendo da indignação e tristeza diante da postura e atitudes daqueles que o rodeiam, no âmbito familiar e global. Ouvi muito atentamente, buscando entender a sua dor, no seu discurso de desesperança.
A transição da Era de Peixes para a Era de Aquário é um momento muito peculiar e radical. Uma nova força avança e a antiga resiste. Opostos que se chocam numa disputa natural na luta pela preponderância, da permanência da própria existência. É a força da natureza, presente em tudo. Viveremos um período de transição, caótico.
Yogi Bhajan explica Deus (God) como:
GOD, G = gerador, O = organizador e D = destruidor. Tudo é processo no qual algo é gerado a partir do nada, sendo que este nada é o nada depois da destruição. Não há começo, nem fim.
HAR – a força potencial criativa que cria, depois da destruição. Hare – a criação em processo. Hari – a criação materializada.
Posto isto, como sobreviver nestes tempos difíceis? Como não se indignar diante de tantos absurdos, quando pensávamos que a humanidade já pudesse exercer a sua natureza mais elevada? Tanta informação, tanto conhecimento, mas o que acontece conosco, seres humanos, que ainda somos capazes de tantas atrocidades?
Há um passo possível para não sucumbirmos neste momento, entendendo o quarto, dos cinco sutras da Era de Aquário:
“Entenda com compaixão ou não compreenderá os tempos”
A compaixão é uma virtude que pode ser acessada, quando usamos a bondade do coração e a escolha da razão, na “cabeça”. Ou seja, a compaixão é uma decisão racional, que usa a energia do coração bom. É, portanto, um processo muito lógico. Pode ser uma escolha!
Mas o que nos impede de fazermos essa escolha? É a mente polarizada, que reage e projeta a partir dos traumas e medos, que vê o mundo através de filtros subconscientes, colorindo a realidade com as crenças pessoais.
Portanto, a desesperança diante das atrocidades contínuas que assistimos neste período de transição, só pode ser compreendida se entendermos TUDO com compaixão. Pois há um processo contínuo de criação, organização e destruição. Um processo evolutivo que não pode ser visto a partir da compreensão de um espaço de tempo restrito, pessoal, pois assim sentiremos medo, raiva e indignação. Como meu amigo. Mas se usarmos a nossa razão para acionarmos a bondade do coração, podemos nos expandir para compreender verdadeiramente os tempos, num espaço de tempo infinito e impessoal.
Com amor e bênçãos,
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